Metropolis [004]
Este é um Metrópolis Especial, pois ao invés de ser aquela chargezinha com os pensamentos metropolitanos e urbanóides do Pombo Paulista - o qual anda meio esquecido na gaveta (prometo que volto a rabiscar e publicar a charge logo, logo) - aborda um contra-argumento da Aline Rodrigues a respeito de uma das seções do Podcast Impressões Digitais, item 019 (I Dig It 019) de 1º de Setembro de 2006.
Bem, para que tudo fique bem esclarecido reproduzo aqui (depois de um p... trabalho de compilação do áudio, que com certeza deve conter alguma falha) o que comentei na seção em questão (É a Ignoranssa qui astravanca u porgréssio). Vamulá:
IDig it 019
2006-09-01 by Sérgio Vieira da Silva
Há alguns dias atrás os funcionários Metrô de SP resolveram fazer mais uma greve de 24h no meio da semana, pois reividicavam - adivinhem o quê?- a discordância de se construir mais uma linha do metrô e que esta fosse bancada e explorada comercialmente pela iniciativa privada...
Ai-meu-deus-do-céu... é nestas horas que baixa em mim o Arnaldo Jabor misturado com o Diogo Maynard!!!! Mais que droga de estrutura governamental e judiciária é essa que permite que algumas centenas de funcionários públicos ("centenas sim, pois a grande maioria como sempre se acomoda na ignorância e na maria-vai-com-as-outras") se arvorem na determinação do direito de ir e vir dos seus patrões diretos? Sim patrões, ou ao menos sócios da empresa, pois, nós, contribuintes formais do erário público (através de impostos municipais, estaduais e federais) e pagadores diretos de um serviço público (olha como somos idiotas... pagamos 2 vezes pelo serviço) somos obrigados a nos submeter constantemente aos achaques desta corja de aproveitadores...
Nem preciso esclarecer que não só aqueles que se utilizam de transporte público, como aqueles que possuem um carro a disposição para seu transporte dançaram neste dia...
Se de um lado os profissionais detêm direito à remuneração justa, de outro têm o dever de prover o serviço contratado...
Nesta zona toda que os funcionários públicos do metrô de SP provocam irremediavelmente a cada 6 meses, adivinhem qual foi a punição destes? Zero, nada, porra nenhuma... ou seja se você profissional da iniciativa privada der um cano amanhã, das duas uma, ou é descontado em folha ou não fatura... Agora se você for um FUNCIONÁRIO PÚBLICO CONCURSADO.... "ahnnnn peraí meu, aí é diferente... foda-se redondamente o mundo e aqueles que pagam meu salário, EU SOU PROTEGIDO PELA LEI DE ESTABILIDADE... perante a Lei, a constituição federal eu sou igual a todo mundo, mas sou funcionário público e portanto sou um pouquinho, só um pouquinho privilegiado... ganho as vezes menos que o salário médio da função (mas também tenho menos preparo e me é exigido menos), mas ninguém pode me mandar embora, e eu também não largo o osso porque se eu substitutir alguém de uma função superior durante 30 dias ou mais meu salário e as benesses legais e de carreira que ao acargo advém devem ser equiparados a este pra sempre e entre outras coisinhas aqui e ali, eu me aposento com meu salário integral...
Bem... com este meu cívico-privado-devidamente-tributado-e-emputecido desabafo explicitei meu desagravo à estrutura politica vigente - capitaneada por nossos congressistas - que permite tais desvios da estrutura democrática (onde alguns cidadãos são mais cidadãos que outros) e finalizei conclamando à não-reeleição de nenhum atual congressista (já expliquei, mas repito para melhor clareza: os honestos que lá estão que me desculpem, mas se TODOS congressistas perdessem seus mandatos, com certeza algo iria mudar... a mensagem seria clara.)
Bem... até que enfim - após inúmeros pedidos - alguém entrou na roda e me chamou pro pau (ops! que linguagem chula, rapá!).
Segue abaixo o comentário da Aline Rodrigues (ôôô mulher corajosa...)
Aline Rodrigues Says:
September 15th, 2006 at 08:10 pm
Queria crítica? Então vai lá!
O último episódio estava demais. Não só no sentido de muito bom, mas de muito.
Pra mim teve elogio e pancada.
No Manual do Torneiro Mecânico primeiro veio a aula de ciências. Eu acompanhei, atenta, e perdi o ônibus. Tudo bem, o outro estava menos cheio. Depois veio a genial Redação Terra, espantosa.
O respiro veio com a maravilhosa Gisele, mas logo depois pé em baixo de novo com a pancada e o addendum.
Foi denso demais, profundo demais, provocou reflexões demais.
Fui obrigada a desligar o radinho no meio da viagem (!!!!!) para digerir o programa. É claro que o problema está no canal receptor. Eu nunca reclamaria que o programa está inteligente demais (Também não sou tão burra), mas acho que dá pra dar uma diluída de leve.
Você tem o talento de levar a qualquer audiência os temas mais complexos, tipo o Beakman mesmo.
Quando o programa acabou eu me sentia como um dos pingüinzinhos.
Foi você que pediu.
E depois pediu de novo!
Pronto, tomei coragem!
Essa mulher é demais. Até p.. da vida ela é gentil!!
Ao invés de me esculhambar, por fazê-la perder o ônibus (e também o horário... só quem anda de transporte http://beta.blogger.com/img/gl.italic.gifpúblico sabe como isto aborrece) e desancar a classe profissional dela de vez, esta ímpar podcaster me elogia o tempo todo!!!!
Mas eu sou um calhorda, um cafajeste daqueles do estilo que Jece Valadão interpretava... Volto à carga e trago à baila a notícia abaixo:
5 de setembro de 2006 - 13:29
Justiça de São Paulo proíbe novas greves de metroviários. A multa diária, em caso de descumprimento, foi fixada em R$ 100 mil.
SÃO PAULO - O Metrô de São Paulo está proibido de fazer uma nova greve. A decisão é do juiz Afonso de Barros Faro Júnior, da 7ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo. O juiz acolheu parte da ação movida pela Fazenda Pública contra o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Metroviários de São Paulo e os membros da diretoria executiva.
A multa diária, em caso de descumprimento, foi fixada em R$ 100 mil. Faro Júnior, negou, contudo, o pedido de indisponibilidade de bens dos réus, alegando que eles não teriam condições de arcar com a indenização caso ela fosse exigida.
Uma paralisação de metroviários no dia 15 de agosto deixou 2,8 milhões de pessoas sem transporte público. Os funcionários protestavam contra o que chamam de “privatização” da Linha 4 - Amarela do Metrô. A linha ainda está em construção e as obras só serão concluídas em 2008. Segundo os metroviários, essa parceria foi a maneira encontrada pelo governo paulista para privatizar os serviços do Metrô.
Ahnnn... eu devia ter feito advocacia... Veja só que solução fantástica (p'ra idiota, né?!) a Justiça PAULISTA (este poder tabém anda precisando ser sanitizado):
Funcionário público pago com nossos dinheiros, para operar um serviço que não tem nada com o estado (trem), serviço esse muito bem pago (de novo com nossos dinheiros), fazem greve (em bom português: fodem boa parte da população economicamente ativa da cidade) e nem são descontados. São isto sim, sob força da Lei probidos de repetir o ato, ou melhor são perdoados por não seguir a Lei vigente (serviços essenciais devem ser mantidos ao menos com 40% da capacidade) e recebem a reprimenda: "... se não atenderem nosso pedido vocês vão pagar...). Lembrando que sindicatos são mantidos com a contribuição irrisória de seus associados e com uma montanha de dinheiros públicos...
Ou seja, o pagador de impostos-serviço paga também a multa!!!!!!
Ôoooo justiça fiadaputa esta!!!!!!
Bem, para que tudo fique bem esclarecido reproduzo aqui (depois de um p... trabalho de compilação do áudio, que com certeza deve conter alguma falha) o que comentei na seção em questão (É a Ignoranssa qui astravanca u porgréssio). Vamulá:
IDig it 019
2006-09-01 by Sérgio Vieira da Silva
Há alguns dias atrás os funcionários Metrô de SP resolveram fazer mais uma greve de 24h no meio da semana, pois reividicavam - adivinhem o quê?- a discordância de se construir mais uma linha do metrô e que esta fosse bancada e explorada comercialmente pela iniciativa privada...
Ai-meu-deus-do-céu... é nestas horas que baixa em mim o Arnaldo Jabor misturado com o Diogo Maynard!!!! Mais que droga de estrutura governamental e judiciária é essa que permite que algumas centenas de funcionários públicos ("centenas sim, pois a grande maioria como sempre se acomoda na ignorância e na maria-vai-com-as-outras") se arvorem na determinação do direito de ir e vir dos seus patrões diretos? Sim patrões, ou ao menos sócios da empresa, pois, nós, contribuintes formais do erário público (através de impostos municipais, estaduais e federais) e pagadores diretos de um serviço público (olha como somos idiotas... pagamos 2 vezes pelo serviço) somos obrigados a nos submeter constantemente aos achaques desta corja de aproveitadores...
Nem preciso esclarecer que não só aqueles que se utilizam de transporte público, como aqueles que possuem um carro a disposição para seu transporte dançaram neste dia...
Se de um lado os profissionais detêm direito à remuneração justa, de outro têm o dever de prover o serviço contratado...
Nesta zona toda que os funcionários públicos do metrô de SP provocam irremediavelmente a cada 6 meses, adivinhem qual foi a punição destes? Zero, nada, porra nenhuma... ou seja se você profissional da iniciativa privada der um cano amanhã, das duas uma, ou é descontado em folha ou não fatura... Agora se você for um FUNCIONÁRIO PÚBLICO CONCURSADO.... "ahnnnn peraí meu, aí é diferente... foda-se redondamente o mundo e aqueles que pagam meu salário, EU SOU PROTEGIDO PELA LEI DE ESTABILIDADE... perante a Lei, a constituição federal eu sou igual a todo mundo, mas sou funcionário público e portanto sou um pouquinho, só um pouquinho privilegiado... ganho as vezes menos que o salário médio da função (mas também tenho menos preparo e me é exigido menos), mas ninguém pode me mandar embora, e eu também não largo o osso porque se eu substitutir alguém de uma função superior durante 30 dias ou mais meu salário e as benesses legais e de carreira que ao acargo advém devem ser equiparados a este pra sempre e entre outras coisinhas aqui e ali, eu me aposento com meu salário integral...
Bem... com este meu cívico-privado-devidamente-tributado-e-emputecido desabafo explicitei meu desagravo à estrutura politica vigente - capitaneada por nossos congressistas - que permite tais desvios da estrutura democrática (onde alguns cidadãos são mais cidadãos que outros) e finalizei conclamando à não-reeleição de nenhum atual congressista (já expliquei, mas repito para melhor clareza: os honestos que lá estão que me desculpem, mas se TODOS congressistas perdessem seus mandatos, com certeza algo iria mudar... a mensagem seria clara.)
Bem... até que enfim - após inúmeros pedidos - alguém entrou na roda e me chamou pro pau (ops! que linguagem chula, rapá!).
Segue abaixo o comentário da Aline Rodrigues (ôôô mulher corajosa...)
Aline Rodrigues Says:
September 15th, 2006 at 08:10 pm
Queria crítica? Então vai lá!
O último episódio estava demais. Não só no sentido de muito bom, mas de muito.
Pra mim teve elogio e pancada.
No Manual do Torneiro Mecânico primeiro veio a aula de ciências. Eu acompanhei, atenta, e perdi o ônibus. Tudo bem, o outro estava menos cheio. Depois veio a genial Redação Terra, espantosa.
O respiro veio com a maravilhosa Gisele, mas logo depois pé em baixo de novo com a pancada e o addendum.
Foi denso demais, profundo demais, provocou reflexões demais.
Fui obrigada a desligar o radinho no meio da viagem (!!!!!) para digerir o programa. É claro que o problema está no canal receptor. Eu nunca reclamaria que o programa está inteligente demais (Também não sou tão burra), mas acho que dá pra dar uma diluída de leve.
Você tem o talento de levar a qualquer audiência os temas mais complexos, tipo o Beakman mesmo.
Quando o programa acabou eu me sentia como um dos pingüinzinhos.
Foi você que pediu.
E depois pediu de novo!
Pronto, tomei coragem!
Essa mulher é demais. Até p.. da vida ela é gentil!!
Ao invés de me esculhambar, por fazê-la perder o ônibus (e também o horário... só quem anda de transporte http://beta.blogger.com/img/gl.italic.gifpúblico sabe como isto aborrece) e desancar a classe profissional dela de vez, esta ímpar podcaster me elogia o tempo todo!!!!
Mas eu sou um calhorda, um cafajeste daqueles do estilo que Jece Valadão interpretava... Volto à carga e trago à baila a notícia abaixo:
5 de setembro de 2006 - 13:29
Justiça de São Paulo proíbe novas greves de metroviários. A multa diária, em caso de descumprimento, foi fixada em R$ 100 mil.
SÃO PAULO - O Metrô de São Paulo está proibido de fazer uma nova greve. A decisão é do juiz Afonso de Barros Faro Júnior, da 7ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo. O juiz acolheu parte da ação movida pela Fazenda Pública contra o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Metroviários de São Paulo e os membros da diretoria executiva.
A multa diária, em caso de descumprimento, foi fixada em R$ 100 mil. Faro Júnior, negou, contudo, o pedido de indisponibilidade de bens dos réus, alegando que eles não teriam condições de arcar com a indenização caso ela fosse exigida.
Uma paralisação de metroviários no dia 15 de agosto deixou 2,8 milhões de pessoas sem transporte público. Os funcionários protestavam contra o que chamam de “privatização” da Linha 4 - Amarela do Metrô. A linha ainda está em construção e as obras só serão concluídas em 2008. Segundo os metroviários, essa parceria foi a maneira encontrada pelo governo paulista para privatizar os serviços do Metrô.
Ahnnn... eu devia ter feito advocacia... Veja só que solução fantástica (p'ra idiota, né?!) a Justiça PAULISTA (este poder tabém anda precisando ser sanitizado):
Funcionário público pago com nossos dinheiros, para operar um serviço que não tem nada com o estado (trem), serviço esse muito bem pago (de novo com nossos dinheiros), fazem greve (em bom português: fodem boa parte da população economicamente ativa da cidade) e nem são descontados. São isto sim, sob força da Lei probidos de repetir o ato, ou melhor são perdoados por não seguir a Lei vigente (serviços essenciais devem ser mantidos ao menos com 40% da capacidade) e recebem a reprimenda: "... se não atenderem nosso pedido vocês vão pagar...). Lembrando que sindicatos são mantidos com a contribuição irrisória de seus associados e com uma montanha de dinheiros públicos...
Ou seja, o pagador de impostos-serviço paga também a multa!!!!!!
Ôoooo justiça fiadaputa esta!!!!!!
Comentários
Cheguei ao seu blog através do Link2Blogs, mas descobri que, nele, o endereço estava errado. O blogspot do endereço está sem o G, portanto, ao clicar nele, somos endereçados para uma página de procura do Blogspot.
Veja isso.
Um abraço