I Dig it 026
Hoje é dia de Impressões Digitais - Compacto Duplo em sua vigésima-sexta edição.
LADO A:
Carta ao Tom
Vinicius de Moraes e Toquinho
Rua Nascimento Silva, 107
Você ensinando prá Elizete
As canções de canção do amor de mais
Lembra que tempo feliz
Ai, que saudade...
Ipanema era só felicidade
Era como se o amor doesse em paz
Nossa famosa garota nem sabia
A que ponto a cidade turvaria
Esse Rio de amor que se perdeu
Mesmo a tristeza da gente era mais bela
E, além disso, se via da janela
Um cantinho de céu e o Redentor
É, meu amigo, só resta uma certeza
É preciso acabar com essa tristeza
É preciso inventar de novo o amor
Uso Vinicius de Moraes em sua homenagem ao seu parceiro de inúmeras canções da decada de 50 e 60, para apresentar o maestro Antonio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim um dos dois aniversariantes do fim de janeiro a quem presto minhas homenagens...
HOMO SAPIENS - Correlacionando aniversários e gastronomia, orgulhosamente uso a eterna e amorosa rixa entre Sampa e Rio como contraponto para dar tratos a bola e analisar aspectos de dois dos quitutes mais apreciados desta embaçada, cinzenta e sufocante metrópole.
Que o Rio - apesar da violência entranhada - é lindo ninguém duvida.
Que Sampa - apesar da violência espalhada - possui o cardápio gastronômico mais completo quiçá do mundo, também é fato.
Agora, o que arrebata o coração - ou melhor - o estômago dos paulistanos são dois alienígenas elementos um frito e outro assado: pastel e pizza. Ambos conseguem, heroicamente, a sobreviver às tentativas de imprimirem - marketeiramente - griffes e exclusividade de produção. Culturamente, ambos dividem uma característica: possuem o mais amplo leque de recheios e coberturas salgadas e doces; como também estão associados a condições muito simples no tecido social: são elementos sócio-agregadores.
Um só funciona em feiras-livres. Não adianta, o produto pode ser excelente, mas se não estiver na ponta de uma feira-livre, ele não é tão bom assim. Sempre tem alguém p'rá comentar: "Ahn... é bom, mas o da feira da rua tal às quintas é imbatível..."
O outro então é muito mais complexo de analisar sobre a ótica qualidade por um aspecto: paulistano é vi-ci-a-do em pizza. Mesmo assim, ele admite as estripulias e inovações nos sabores nada ortodoxos (alguém já comeu pizza de carne de sol? de filé mignon?). Ele só não admite em hipótese alguma o uso de temperos quaisquer após a pizza ter sido servida, principalmente aqueles típicos de fast-foods (ketchup, mostarda, maionese...). Na falta daquela maravilha crocante e aromática da cantina do bairro, o paulistano não se faz de rogado e encara, sem pudores, uma coisinha meio insonsa do tipo massa semi-pronta, lambuzada com molho de tomate industrial, queijinho meio assim e orégano no forno a gás.
Mas viciado é viciado... Nada melhor para um paulistano que um pedaço de pizza fria na manhã seguinte para aplacar a fome descomunal após uma noitada.
LADO B
esta música é uma homenagem à aniversariante agora do início de fevereiro, minha esposa
Fotografia
Tom Jobim
Eu, você, nós dois
Aqui neste terraço à beira-mar
O sol já vai caindo e o seu olhar
Parece acompanhar a cor do mar
Você tem que ir embora
A tarde cai
Em cores se desfaz,
Escureceu
O sol caiu no mar
E aquela luz
Lá em baixo se acendeu...
Você e eu
Eu, você, nós dois
Sozinhos neste bar à meia-luz
E uma grande lua saiu do mar
Parece que este bar já vai fechar
E há sempre uma canção
Para contar
Aquela velha história
De um desejo
Que todas as canções
Têm pra contar
E veio aquele beijo
Aquele beijo
Aquele beijo
BACKGROUND - Apenas Tom Jobim e interpretações de Meu Amigo Radamés, Modinha, Wave, Surfboard, Estrada do Sol, Samba do Avião e Samba de uma Nota Só.
LADO A:
Carta ao Tom
Vinicius de Moraes e Toquinho
Rua Nascimento Silva, 107
Você ensinando prá Elizete
As canções de canção do amor de mais
Lembra que tempo feliz
Ai, que saudade...
Ipanema era só felicidade
Era como se o amor doesse em paz
Nossa famosa garota nem sabia
A que ponto a cidade turvaria
Esse Rio de amor que se perdeu
Mesmo a tristeza da gente era mais bela
E, além disso, se via da janela
Um cantinho de céu e o Redentor
É, meu amigo, só resta uma certeza
É preciso acabar com essa tristeza
É preciso inventar de novo o amor
Uso Vinicius de Moraes em sua homenagem ao seu parceiro de inúmeras canções da decada de 50 e 60, para apresentar o maestro Antonio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim um dos dois aniversariantes do fim de janeiro a quem presto minhas homenagens...
HOMO SAPIENS - Correlacionando aniversários e gastronomia, orgulhosamente uso a eterna e amorosa rixa entre Sampa e Rio como contraponto para dar tratos a bola e analisar aspectos de dois dos quitutes mais apreciados desta embaçada, cinzenta e sufocante metrópole.
Que o Rio - apesar da violência entranhada - é lindo ninguém duvida.
Que Sampa - apesar da violência espalhada - possui o cardápio gastronômico mais completo quiçá do mundo, também é fato.
Agora, o que arrebata o coração - ou melhor - o estômago dos paulistanos são dois alienígenas elementos um frito e outro assado: pastel e pizza. Ambos conseguem, heroicamente, a sobreviver às tentativas de imprimirem - marketeiramente - griffes e exclusividade de produção. Culturamente, ambos dividem uma característica: possuem o mais amplo leque de recheios e coberturas salgadas e doces; como também estão associados a condições muito simples no tecido social: são elementos sócio-agregadores.
Um só funciona em feiras-livres. Não adianta, o produto pode ser excelente, mas se não estiver na ponta de uma feira-livre, ele não é tão bom assim. Sempre tem alguém p'rá comentar: "Ahn... é bom, mas o da feira da rua tal às quintas é imbatível..."
O outro então é muito mais complexo de analisar sobre a ótica qualidade por um aspecto: paulistano é vi-ci-a-do em pizza. Mesmo assim, ele admite as estripulias e inovações nos sabores nada ortodoxos (alguém já comeu pizza de carne de sol? de filé mignon?). Ele só não admite em hipótese alguma o uso de temperos quaisquer após a pizza ter sido servida, principalmente aqueles típicos de fast-foods (ketchup, mostarda, maionese...). Na falta daquela maravilha crocante e aromática da cantina do bairro, o paulistano não se faz de rogado e encara, sem pudores, uma coisinha meio insonsa do tipo massa semi-pronta, lambuzada com molho de tomate industrial, queijinho meio assim e orégano no forno a gás.
Mas viciado é viciado... Nada melhor para um paulistano que um pedaço de pizza fria na manhã seguinte para aplacar a fome descomunal após uma noitada.
LADO B
esta música é uma homenagem à aniversariante agora do início de fevereiro, minha esposa
Fotografia
Tom Jobim
Eu, você, nós dois
Aqui neste terraço à beira-mar
O sol já vai caindo e o seu olhar
Parece acompanhar a cor do mar
Você tem que ir embora
A tarde cai
Em cores se desfaz,
Escureceu
O sol caiu no mar
E aquela luz
Lá em baixo se acendeu...
Você e eu
Eu, você, nós dois
Sozinhos neste bar à meia-luz
E uma grande lua saiu do mar
Parece que este bar já vai fechar
E há sempre uma canção
Para contar
Aquela velha história
De um desejo
Que todas as canções
Têm pra contar
E veio aquele beijo
Aquele beijo
Aquele beijo
BACKGROUND - Apenas Tom Jobim e interpretações de Meu Amigo Radamés, Modinha, Wave, Surfboard, Estrada do Sol, Samba do Avião e Samba de uma Nota Só.
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