Dístico

27 jun 1978

Dístico

A você que passou a vida derrubando ideais 

e ideias normais,

Transcendentais normas de existência 

em loucos dias regrados.

A você que violentou-se, expondo vísceras 

e entranhas à estranhas pessoas,

Enzimas e químicas de seu sangue na jugular, 

Arterial oferecimento de um franco vampirismo social, 

Metamorfoseado em estigmas familiares.

Ao meu psicótico ser, animal místico, 

com sotaque italiano e meias palavras, 

resmungadas, soluçadas entre um urro e outro.

Ao falso enredo da consciência humana

e do script cultural que falhou.

Pelo respeito à lógica, seguir a ordem

e me desencontrar por completo.

Qual o real significado

da fatalidade?

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