COMPREENDENDO

Agosto/11/1975

Soa a árvore vital me encontro

Só, sentado, de bruços, deitado

Sonolento (não importa)

De qualquer maneira,

Meus dedos rasgam a terra

Eroticamente penetrando,

Rasgando o hímen da juventude

Procurando, sem saber, as raízes

Minha sede é saciada

Pelo orvalho, que de manhã

Goteja pelas folhas mais velhas

E minha fome é alimentada

Mastigando frutos verdes ainda

Dos ramos baixos;

E mais fundo, meus dedos tentam penetrar

Dissipando minh'alma jovem num sonho azul

- "borboletante" -

No espaço,

No incrível vácuo do nada.

 

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